O c_Vib é composto por 4 esculturas sonoras e é um convite à contemplação (inter)ativa.
O público é desafiado a ver, ouvir e a tocar o som, numa abordagem em que o corpo é elemento descodificador do espaço sonoro criado por cada uma das peças na sua individualidade específica, bem como nas composições do conjunto resultantes dessa interação.
Chão, Arcos, Flor e Permanecer materializam o som, tornando-o palpável e sensível a ser escutado por outros sentidos que não só a audição.
Ações e som – cuidadosamente redescobertos para cada lugar -, originam um discurso que vem revelar as esculturas não apenas enquanto instrumentos musicais, mas também como corpos de identidades próprias no espaço e detentores de fisicalidades igualmente distintas.
As peças são constituídas por uma base de chão quadrada de 1,80m x 1,80m e cada uma é composta por diferentes elementos combinados. Cada estrutura base e suas combinações específicas formam o carácter e a identidade de cada peça. As reações e composições dos seus materiais são físicos e sonoros.
Chão:
Altifalantes com partículas que saltam e desenham padrões em função da emissão de diferentes combinações de som.
Arcos:
O movimento dos altifalantes faz movimentar os elementos de madeira, transformando materiais inertes num instrumento de percussão “vivo”.
Flor:
Recebe e emite som. Trabalha uma ideia de “fotossíntese” sonora. Os sons provocados pelo toque dos utilizadores são recolhidos, processados e devolvidos à escuta em tempo real. Deve ser escutada com os ouvidos, mas também com as mãos e os pés. O som está, literalmente, dentro das pétalas de madeira.
Permanecer:
O seu nome reflete a postura que ela sugere. O ouvinte deverá estar deitado recebendo uma massagem em que as vibrações sonoras são o massagista.
Cada peça sugere um imaginário mas também uma ação: contemplar, tocar, interagir, permanecer.
Desde 2011 tem vindo a apresentar-se no formato de instalação e no formato de espetáculo de dança e música. Este último funciona numa lógica de mode d’emploi em que o público, na fase final do espetáculo, é convidado a experienciar com todos os sentidos o imaginário de cada uma das esculturas, reforçando a natureza instalativa da obra.